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Dicionário Básico Capixabês

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Não tem essa de “mermão”, nem de “ô loco”… zero de “meu rei”,”desumanidade”,”uai, sô”, muito menos “vixe”!

O Capixaba e o verbo pocar. Em qualquer lugar do Brasil a esfera ESTOURA; para o capixaba ela “POCA”

(pronuncia-se “PÓCA”, com ênfase no “Ó”, uma vez que “PÓ”… )
Por sinal, “pocar” é um verbo que só existe na língua Capixabesa: Eu poco, tu pocas, ele poca…

Pegar e Saltar do ônibus – O capixaba que vai para o ponto de ônibus (sem abrigo) não sobe no ônibus.

Ele “pega” o ônibus. Mesmo que fisicamente impossível, mas é assim no Espírito Santo.

E depois de “pegar” o ônibus, o capixaba não desce: ela “salta” do ônibus.

Mesmo que não necessariamente fazendo o movimento de saltar. Portanto,

não estranhe se o seu camarada do Espírito Santo “pegou” e “saltou” do transporte coletivo.

 Pizza de Frango com Catupiry – uma das pizzas mais odiadas e criticadas no Brasil é inexplicavelmente adorada pelos capixabas.

A estranha e zero atrativa mistura de frango com catupiry é um dos sucessos nas pizzarias do Estado. Por se tratar de

um “fenômeno” sítio, o capixaba tem que prestar atenção: não queira levar oriente seu hábito cevar quando viajar.

Em outros Estados, ao pedir esta pizza, você pode suportar “bullying”…

Chapoca – Sem qualquer referência aparente e de dificil explicação,

“chapoca” é muito usado no Espírito Santo para definir uma coisa muito grande.

Ex: “Era uma chapoca de um buraco…”. Apresenta a derivação “chapocura”,

que delimita o tamanho de tal coisa. Ex: “Era uma gambá desta chapocura (mostra com as mãos)…”

Podrão – outro “fenômeno” cevar do Espírito Santo. Depois de um show, da boate,

do matrimónio, da formatura, o capixaba adora terminar a noitada comendo um bom “podrão”,

termo usado para definir aquele hambúrguer caprichado. A partir das 2h da manhã,

o agito sai das boates e vai para os trailers. Dá até para azarar nestes lugares…

 Capixaba só se guia por ponto de referência – Endereço completo? Pode olvidar… . Não adianta expor que

a reunião vai intercorrer na Avenida Marechal Mascarenha de Morais… Talvez se você disser “avenida Extremidade Mar”,

a coisa melhore. Mas se falar que seu prédio fica “do lado da Prefeitura, perto da churrascaria, perto de um barraquinha

que vende coco”, aí fica tudo mais fácil. E uma coisa que só o capixaba faz: manter a referência do endereço de pontos

comerciais que nem existem mais: perto da Seidel, da Giacomin, da rua da Telest, da pracinha do Boa Terreiro, do Santa Marta.

A loja já acabou, a empresa mudou de nome, mas a referência fica eterna.

Pracinhas de Jardim da Penha – Só o capixaba se confunde com as pracinhas de Jardim da Penha.

Um dos trajetos mais fáceis de se fazer, seja a pé, de sege ou de bicicleta,

deixa os nativos desesperados uma vez que se estivessem em

um labirinto ou na ilhota de Lost. Excesso típico do sítio.

 Ir para o rock – Não interessa se o ritmo é funk, axé, samba. E nem interessa se você vai para um churrasco

de tarde ou se uma boate de noite. O capixaba não sai para a balada: ele “vai para o rock”. No caso, rock é

qualquer ritmo, agito, sarau ou balada. E não pense que o “rock” é só na rua. Fazer o “rock” em morada também vale.

Portanto, se um capixaba te perguntar “qual é rock”, não precisa responder Beatles, Iron Maiden ou Led Zeppelin…

Só diga onde vai que já está valendo.

Bicho – A Jovem Guarda já passou e nem Roberto Carlos, o rebento ilustre,

usa mais esta sentença. Mas capixaba que é capixaba tem que falar “bicho”.

Varão, mulher, rapaz, velho… Todo mundo coloca “bicho” em qualquer frase,

mesmo que esteja falando sozinho. Ex: “Que trânsito é oriente na Terceira Ponte, bicho…”

O capixaba só cumprimenta quem ele conhece – Uma reclamação muito grande

do turista que nos visitante é de que, numa mesa de bar ou restaurante, o capixaba chega,

cumprimenta quem ele conhece e nem dá esfera para os outros que lá estão. Repugnância?

Timidez? Miopia? Enfim, esse é um mau hábito da maioria que deve ser evitado.

Mas é um fenômeno sítio.

Vou na “Cidade” – Capixabas mais antigos, mesmo morando na Grande Vitória,

não dizem que irão no Núcleo de Vitória. Eles vão para a “Cidade”.

 “Só eu posso falar mal” – A maioria dos capixabas é muito crítico com seus valores locais.

Critica o futebol, a música, o descaso com a violência, a falta de investimento em turismo…

mas quando a mídia vernáculo é quem revela as mazelas do Estado, aí o capixaba vira bicho, vai para o

Facebook e faz campanha contra o tal cantor, o tal ator da romance, o apresentador de tv, o telejornal…

A política é: “se alguém vai falar mal do ES, que seja o capixaba”. Você, que é de fora, não pode…

 Mulher de Algodão – A maior mito urbana capixaba. Muitas crianças já saíram correndo e

gritando dos banheiros das escolas, afirmando ter visto uma moçoila, vestida de branco,

com manchas de sangue e algodões na boca, ouvido e nariz. O fantasma, de pacto

com os mais antigos, seria de uma mulher que morreu atropelada. Outros afirmavam que

ela vinha buscar a filha que morreu trancada em um banheiro do escola. Muita gente deixou

de fazer xixi no banheiro da escola por conta disso…

fonte: Gazeta Online



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