Furacão Melissa atinge Cuba com força extrema após devastar a Jamaica
O furacão Melissa atingiu o leste de Cuba nas primeiras horas desta quarta-feira (29) como uma tempestade de categoria 3, classificada como “extremamente perigosa”, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), com sede em Miami. O fenômeno chegou ao território cubano pela região de Chivirico, após devastar a Jamaica na terça-feira.

De acordo com o NHC, Melissa provocava ventos destrutivos, chuvas intensas e uma perigosa elevação do nível do mar. Antes de tocar o solo cubano, a tempestade apresentava ventos sustentados de até 193 km/h, reduzidos para cerca de 185 km/h na última atualização divulgada às 5h (horário de Miami). Um furacão é considerado de grande intensidade a partir da categoria 3 na Escala de Saffir-Simpson, que registra ventos a partir de 179 km/h.
Mais de 735 mil pessoas foram evacuadas preventivamente em Cuba, segundo o presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Foram emitidos alertas de furacão para as províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo, Holguín e Las Tunas, além do sudeste e centro das Bahamas.
As autoridades cubanas orientaram os moradores a permanecerem em locais seguros. O NHC alertou que os preparativos nas Bahamas devem ser concluídos com urgência, já que o furacão deve atravessar a região ainda nesta quarta-feira, permanecendo com força significativa. A previsão indica que Melissa seguirá em direção ao entorno de Bermuda na quinta-feira, ainda como um furacão de grande intensidade.
O impacto do fenômeno tem potencial de agravar a já delicada crise econômica cubana, marcada por longos apagões, escassez de combustível e falta de alimentos. “Sabemos que haverá muitos danos, mas ninguém será deixado para trás. Todos os recursos estão sendo mobilizados para proteger vidas”, afirmou Díaz-Canel em pronunciamento na televisão. O líder cubano também alertou a população para não subestimar a força de Melissa, que classificou como “o furacão mais poderoso a atingir o território nacional”.
De acordo com o diretor do NHC, Michael Brennan, as chuvas intensas podem provocar inundações com risco de morte e deslizamentos de terra em diversas regiões do leste de Cuba. Estima-se que o furacão possa gerar ondas de até 3,5 metros e acumulados de chuva superiores a 500 milímetros.
Na Jamaica, o governo começou nesta quarta-feira a avaliar os graves danos causados pela passagem do furacão. As autoridades relataram destruição significativa nas paróquias de Clarendon e St. Elizabeth, que ficaram submersas em algumas áreas. Quatro hospitais foram atingidos e um deles teve de ser evacuado após ficar sem energia elétrica, forçando o deslocamento de 75 pacientes.
Mais de meio milhão de jamaicanos ficaram sem eletricidade, e o cenário de destruição inclui árvores caídas, fios rompidos e inundações generalizadas. O governo local trabalha para reabrir os aeroportos a partir de quinta-feira, visando acelerar a chegada de ajuda humanitária.
Até o momento, Melissa é responsabilizado pela morte de sete pessoas no Caribe: três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana. Outro indivíduo permanece desaparecido.
Fonte: CBS News
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