ILHA DA PÓLVORA – A ILHA DO MEDO – Em 1925, sob o governo de Florentino Avidos, foi construído o Hospital de Isolamento na Ilha da Pólvora, para organização efetiva dos serviços sanitários com o intuito de reduzir os casos de contaminações por lepra e doenças venéreas que a cada ano aumentava no Espirito Santo.
Na década de 90 o Hospital foi desativado, quando foi descentralizada a saúde e cada município assumiu o gerenciamento e administração de suas respectivas unidades sanitárias.
A Ilha ficou conhecida como a Ilha dos Leprosos e Ilha do Medo, devido sua finalidade para isolamento de doentes. Não se sabe ao certo o que aconteceu com os pacientes internados compulsoriamente nesse local, se eles foram para outras unidades de tratamento, ou se devido às doenças, faleceram ali mesmo.
Hoje o local é utilizado por muitos praticantes de AirSoft, que encontram nas ruínas o cenário perfeito para praticar o jogo. Reza a lenda que a ilha é assombrada por aqueles que ali morreram, muitos dizem ouvir barulhos estranhos e vozes.
Conversamos com Emília Amorim que visitou a Ilha e vai contar como foi a visita.
O local de embarque foi um dos piers localizados no bairro Santo Antônio em Vitória, o trajeto até a Ilha dura menos de 10 minutos.
Cada vez que o barco se aproximava da ilha, meus olhos brilhavam! Aquele hospital enorme em ruínas, tomado pela natureza, era lindo de se ver! desembarque na ilha é super tranquilo, pois já existe um local onde os barcos param para levar os jogadores de AirSoft. E então, entramos hospital adentro…
Ilha da Pólvora – A ilha do medo
Confesso que entrei com um pouco de medo, estávamos em 8 pessoas, APENAS OITO PESSOAS EM UM HOSPITAL ENORME EM RUÍNAS ISOLADO EM UMA ILHA, parece cena de filme de terror né?! Durante nosso passeio pela ilha, não encontramos ninguém, é TOTALMENTE deserto.
É possível observar natureza invadindo o espaço. As pinturas de sinalização nas paredes que eram usadas para identificar as salas ainda estavam lá, intactas. Os pisos diferenciados, em algumas salas o piso era de madeira, e lá estavam eles ainda, meio destruídos, mas ainda se faziam presente.
Foi possível também encontrar alguns vidrinhos de remédios da época, ainda lacrados. Foi uma experiência incrível estar nesse lugar, hoje, tão belo. Por alguns minutos, sozinha pelos corredores, eu tentava imaginar o que teria acontecido naquela ilha, a chegada dos pacientes, os médicos trabalhando etc é um lugar que desperta nossa curiosidade.
E aí? Tem coragem de passar o dia ou uma noite nesse local?
NOTAS: Quem nos levou foi o Thiago, ele trabalha de salva vidas e ainda possui barco para trabalhar com turismo e pesca na região durante suas horas vagas, o mesmo foi muito atencioso e educado, como não conhecíamos a ilha, ele se propôs a nos guiar por ela, fazendo o passeio ser mais proveitoso e seguro. O telefone de contato dele é (27) 99613-9831.
Mapa: como chegar:
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