Inicio » Blog » Espírito Santo » Moqueca Falsa? 5 dicas para não ser enganado no ES

Moqueca Falsa? 5 dicas para não ser enganado no ES

Com a chegada do verão, as cidades do litoral capixaba lotam. Turistas de todo o Brasil buscam as belezas naturais e, claro, a famosa gastronomia do Espírito Santo. No entanto, muitos visitantes acabam caindo em “pegadinhas” de estabelecimentos que servem uma peixada comum, cheia de aditivos, chamando-a de Moqueca Capixaba.

Para o capixaba raiz, a regra é clara: “Moqueca é capixaba, o resto é peixada”. Essa frase, criada pelo jornalista Cacau Monjardim, resume o orgulho local. Mas para quem vem de fora, as diferenças podem ser sutis.

Moqueca Falsa? 5 dicas para não ser enganado no ES

Preparamos um guia definitivo com 5 dicas essenciais para você identificar a verdadeira iguaria e não ser enganado na hora do almoço.

  1. O Teste do Dendê e Leite de Coco
    Essa é a principal diferença entre a moqueca do Espírito Santo e a da Bahia. A legítima Moqueca Capixaba jamais leva azeite de dendê ou leite de coco.

A receita capixaba preza pelo sabor natural do peixe e dos vegetais. O caldo deve ser leve, permitindo que você sinta o gosto do mar. Se o prato chegar à mesa com uma cor laranja muito vibrante e densa, ou com cheiro forte de dendê, você está diante de uma peixada ou de uma moqueca baiana, mas não da capixaba.

  1. A Cor Vem do Urucum
    Se não usamos dendê, de onde vem a cor? O segredo da nossa culinária é o urucum (colorau). O azeite doce (de oliva) é aquecido com sementes de urucum ou misturado ao pó, garantindo uma cor avermelhada e translúcida, muito mais suave e saudável.
  2. A Panela de Barro é Obrigatória
    Não existe Moqueca Capixaba feita em panela de alumínio, inox ou teflon. A tradição exige o uso da Panela de Barro das Paneleiras de Goiabeiras, um ofício reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pelo IPHAN.

A cerâmica negra retém o calor por muito mais tempo, mantendo o cozimento do peixe na temperatura ideal mesmo após chegar à mesa. Além disso, a panela “cura” o sabor dos ingredientes de uma forma que nenhum outro material consegue.

  1. Coentro: O Tempero da Discórdia (e da Tradição)
    Para o turista que torce o nariz, uma má notícia: o coentro é a alma da moqueca. Junto com o tomate, a cebola e a cebolinha, ele forma a base aromática do prato.

Restaurantes tradicionais não economizam no maço de coentro fresco picado, adicionado no final do cozimento. Se o cardápio diz “salsa”, desconfie. A autenticidade mora no cheiro verde fresco.

  1. Onde Comer Sem Medo de Errar?
    Agora que você já sabe a teoria, precisa saber onde encontrar a prática. O Espírito Santo possui polos gastronômicos renomados que respeitam a tradição à risca.

Saiba mais: Moqueca Capixaba: Sabor, História e Tradição à Beira-Mar

Ilha das Caieiras (Vitória): O berço das desfiadeiras de siri. Lá você encontra restaurantes familiares com vista para o manguezal e sabor caseiro inigualável.

Curva da Jurema (Vitória): Quiosques à beira-mar que combinam a brisa do oceano com pratos de alta qualidade e serviço ágil.

Manguinhos (Serra): Um balneário bucólico famoso por sua vila gastronômica, onde a moqueca é servida em ambientes charmosos e acolhedores.

🚀 Não perca nenhuma notícia do ES!

Siga o Capixaba da Gema nas redes sociais e receba as informações em primeira mão:

Seguir Hilquias Darcley:

Editor

Hilquias Darcley é o criador do Capixaba da Gema, um blog de turismo voltado à divulgação de informações, notícias e conteúdos informativos sobre o Espírito Santo. Não atua como jornalista. Seus textos são baseados em vivência prática, observação pessoal e pesquisa pública, com caráter informativo e opinativo, sem compromisso jurídico, institucional ou editorial.