Pouco conhecido fora do meio do surfe profissional, o Coral do Céu, em Vila Velha (ES), é um dos picos mais desafiadores e fascinantes do Brasil.
Localizado a aproximadamente 2 km da Praia de Itaparica, esse point offshore se formou sobre um afloramento de coral, e oferece condições extremas, que só se revelam em dias específicos — geralmente com swell de leste ou sudeste, vento fraco e mar limpo.
Quando a combinação certa acontece, nasce um slab poderoso, tubular, raso e explosivo, com ondas que podem passar dos 2 metros.
🌅 Origem do nome
O nome “Coral do Céu” surgiu de uma das visões mais emblemáticas do pico: quando a luz do sol incide no momento certo da quebra, o coral raso sob a água turquesa cria um visual cristalino e celestial, como se a onda abrisse uma janela no mar.
⚠️ Características técnicas no Coral do Céu
Tipo de onda: Slab de esquerda (raramente direita), rápida, curta e pesada.
Fundo: Coral extremamente raso, exigindo precisão absoluta na entrada da onda.
Tamanho: Variável, mas pode ultrapassar 2 m em dias épicos.
Modalidades: Principalmente tow-in e bodyboard, com raríssimas sessões no braço (paddle-in) em dias menores.
Acesso: Apenas por barco ou jet ski, com suporte técnico e resgate.
🎯 Para quem é
Este pico não é indicado para surfistas iniciantes ou intermediários. Exige experiência em ondas pesadas, conhecimento de segurança em slabs e uso obrigatório de equipamentos como coletes infláveis, capacete e jet ski com resgate.
📍 Localização
Município: Vila Velha – Espírito Santo
Distância da costa: ~2 km da Praia de Itaparica
Coordenadas aproximadas: (não divulgadas publicamente para segurança, mas acessíveis por operadores locais de surf/tow-in)
🛟 Requisitos mínimos
Equipe de apoio com jet ski e rádio
Experiência prévia em ondas grandes/slabs
Condições ideais: swell de E/SE, ventos fracos e mar limpo
Bodyboarder: Thiago Abul
Surfista: Felipe Lacerda
Foto: Romeritto Lopes
Preparo físico e técnico avançado
🏄♂️ Um tesouro capixaba para o surfe de elite
O Coral do Céu é, hoje, uma das joias do surfe brasileiro — e segue praticamente intocado. Seu potencial o coloca no mapa das ondas grandes no Atlântico Sul, ao lado de picos como Itacoatiara (RJ), Laje de Jaguaruna (SC) e a Avalanche (ES).
Se você busca adrenalina real, tubos que exigem compromisso total e uma conexão intensa com a natureza, esse é o lugar.
Mas lembre-se: Coral do Céu não perdoa erros. Respeite, estude e vá preparado.
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