Quem acompanha o Capixaba da Gema sabe: nós amamos valorizar cada cantinho do Espírito Santo. Recentemente, nossa equipe visitou a bucólica Vila de Regência, na foz do Rio Doce, em busca do contato com a fauna marinha e da história de preservação local. No entanto, a visita trouxe à tona uma preocupação legítima sobre o estado de conservação de parte das estruturas turísticas.

Ao caminharmos pela área dos tanques e passarelas, notamos um desgaste visível na madeira e nas instalações. Para o turista desavisado, a primeira impressão pode ser de abandono, gerando apreensão sobre a segurança e o bem-estar dos animais. Porém, após apuração e contato com os órgãos competentes, é fundamental esclarecer quem gere o local e os motivos desse cenário.
REBIO de Comboios: A verdadeira guardiã da área
Diferente do que muitos pensam (e do que foi inicialmente inferido), a estrutura antiga onde ficam os tanques não é de responsabilidade administrativa direta da ONG Fundação Projeto Tamar ou do Centro Tamar/ICMBio focado em outras bases.
Aquele espaço pertence à Reserva Biológica (REBIO) de Comboios, uma Unidade de Conservação Marinha Federal. Esta reserva foi criada com uma missão nobre e crítica: proteger o maior sítio de reprodução da tartaruga-gigante (ou tartaruga-de-couro, Dermochelys coriacea) no Brasil. Portanto, a gestão e o planejamento de reformas cabem à administração desta unidade federal.
O Desafio da Madeira e a Maresia
Um ponto importante levantado por especialistas que atuam na região é a vida útil das estruturas. Construções em madeira localizadas “pé na areia”, sofrendo a ação constante da maresia, sol e chuva, possuem um ciclo de degradação natural acelerado.
Embora o cenário visual atual cause impacto no visitante e exija atenção, é explicado que existe uma complexidade na manutenção dessas estruturas dentro de uma área de proteção ambiental estrita.
O Contraste com as Novas Estruturas
A sensação de dualidade em Regência ainda chama a atenção de quem visita. De um lado, vemos o “Novo Centro Ecológico” e o “Espaço Praia”, obras modernas financiadas com verbas de compensação (Fundação Renova), focadas em museologia e eventos. Do outro, a estrutura histórica da REBIO, onde a vida marinha é observada, lutando contra o tempo e os elementos.
Olhar para o Futuro
Fica o registro da nossa experiência visual, mas agora com o endereço certo da responsabilidade. O estado das passarelas e tanques evidencia a necessidade de recursos e atenção para a REBIO de Comboios.
Para entender profundamente o cronograma de reformas e o planejamento para esta área vital, o caminho sugerido é o diálogo com a chefia da REBIO, atualmente sob gestão de Antônio Pádua. O turismo capixaba torce para que, em breve, a infraestrutura operacional da reserva receba a mesma revitalização que o entorno da vila presenciou, garantindo segurança aos turistas e, principalmente, às tartarugas que são o símbolo do local.
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