A Coroa fofa do Sol – O Solar Orbiter, uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA), capturou um vídeo impressionante do Sol que revela características nunca antes vistas com tal detalhe.
O vídeo, registrado a aproximadamente um terço da distância entre a Terra e o Sol, mostra o Sol com uma aparência surpreendentemente “fofa”. Essa textura é devida às estruturas semelhantes a plumas, feitas de plasma, que seguem as linhas do campo magnético na atmosfera inferior do Sol, transitando para a coroa externa muito mais quente.
As imagens detalham fenômenos fascinantes como o musgo coronal, spicules e a chuva coronal. A ESA explica que as regiões mais brilhantes vistas no vídeo chegam a temperaturas de cerca de um milhão de graus Celsius, enquanto os materiais mais frios aparecem mais escuros, pois absorvem radiação.
O musgo coronal, que contribui para a aparência “fofa” do Sol no vídeo, assemelha-se ao musgo terrestre com suas características finas e rendilhadas.
Esse musgo geralmente circunda o centro dos grupos de manchas solares, onde as condições magnéticas são intensas e grandes laços coronais estão se formando. Curiosamente, o musgo é tão quente que a maioria dos instrumentos não consegue detectá-lo, estendendo-se por duas camadas atmosféricas: a cromosfera e a corona.
Os spicules, por sua vez, são espiras altas de gás que se elevam desde a cromosfera do Sol, alcançando alturas de até 10.000 km. Já a chuva coronal, observada aos 30 segundos do vídeo, consiste em aglomerados de plasma de maior densidade e mais frios que caem de volta ao Sol sob a influência da gravidade, com temperaturas significativamente inferiores às dos laços coronais, que podem chegar a um milhão de graus Celsius.
Além disso, uma pequena erupção é visível no centro do campo de visão aos 20 segundos do vídeo, destacando material mais frio sendo elevado antes de cair de volta. Esta erupção, longe de ser pequena, é maior que a Terra!
Conclusão: A coroa fofa do Sol
Missões como o Solar Orbiter, o Parker Solar Probe e o Solar Dynamics Observatory estão proporcionando visões sem precedentes do Sol, permitindo que astrônomos aprendam mais sobre a dinâmica esfera de gás que alimenta todo o nosso Sistema Solar. Essas descobertas não apenas expandem nosso conhecimento, mas também reforçam a importância de estudar nossa estrela mais próxima para entender melhor os processos universais.
Fonte: ESA
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