A Dominica, uma pequena ilha caribenha, criou a primeira área marinha protegida do mundo para o cachalote, uma espécie ameaçada de extinção. A área, de 800 quilômetros quadrados, abrange águas azuis reais no lado oeste da ilha, que são importantes locais de amamentação e alimentação para os cachalotes.
Os cientistas dizem que a reserva não só protegerá os cachalotes, mas também ajudará a combater a crise climática. Os cachalotes defecam perto da superfície, liberando nutrientes que alimentam o plâncton, que captura dióxido de carbono da atmosfera.
Estima-se que menos de 500 cachalotes vivam nas águas que rodeiam a Dominica. Os cachalotes são uma sociedade matrilinear, com jovens machos saindo e trocando de oceano em algum momento de suas vidas. Como resultado, proteger a espécie é fundamental, especialmente se nascerem poucas fêmeas.
O governo da Dominica disse que a reserva permitirá a pesca artesanal sustentável e delineará uma rota marítima internacional para evitar mais mortes de cachalotes. Os visitantes ainda poderão nadar com cachalotes e vê-los de um barco, mas em número limitado.
A medida foi elogiada por cientistas e conservacionistas. Enric Sala, explorador residente da National Geographic, disse que o governo da Dominica “percebeu que os cachalotes, que provavelmente estiveram aqui antes dos humanos, também são cidadãos da Dominica”.
Glaciais da Gronelândia derretem a ritmo acelerado, revelam fotos de antes e depois
Deixe um comentário